terça-feira, 18 de setembro de 2007

A-ta-ri

Caramba, passou muito tempo desde que eu criei esse blog e despejei aqui um monte de coisas da minha tão distante infância...! A falta de tempo e a correria, misturados com a minha mudança pra Tel Aviv me deixaram longe dessa brincadeira gostosa. Mas alguns comentários de uma pessoa que eu nem conheço (obrigado, Luis Felipe!) me deram vontade de retomar!

E quero recomeçar tocando justamente em um assunto no qual o Luis Felipe falou - Atari! Ele contou de uma foto dele jogando Atari e me lembrei da cena - meu quarto, a televisão bicromática, eu sentado no chão enfiando aqueles cartuchos desajeitados no brinquedo e torcendo o joystick no meu jogo favorito, aquele de fazer a galinha cruzar a rua. Simples e divertido!

Tinha outro, também, que eu adorava - o do ladrão que fugia da polícia dentro de um shopping com escadas e elevadores. Caramba, como eu me divertia na frente daquela tv esverdeada...! Hoje, vendo essa criançada com playstations da vida, tenho certeza de uma coisa: eles não sabem de nada! Divertido mesmo era ter que usar a imaginação e ver naquele desenho pixelado uma galinha, carros, ladrões, policiais...

Saudade do Atari.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Senhores formandos judeus

Quando eu finalmente me formei na universidade, em 2004, pude participar do que se chama "formatura judaica", uma comemoração na CIP, onde eu cresci, de todos os formandos universitários judeus do ano. É uma cerimônia apenas para reconhecer os novos calouros judeus jogados no mercado de trabalho a cada ano - e não são poucos, em diferentes áreas.

Como eu não participei da minha formatura da faculdade (não teria sentido, porque nem conhecia o pessoal daquele oitavo semestre, já que só algumas matérias fazíamos juntos; e não teria tempo, porque vim para Israel quatro dias depois de apresentar o meu trabalho de conclusão, que me deu uma nota 9,5 e o título de jornalista profissional) a opção da "formatura judaica" foi a única!

Além da cerimônia na sinagoga da CIP, em que todos os formandos do ano são chamados à Torá de acordo com a área de formação, rola uma festa na Hebraica. Todo ano, a mesma coisa!

No centro da foto, diante da Torá, eu, de costas, na cerimônia religiosa da formatura.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Minha "flor"

Tem um projeto aqui em Israel muito legal. Se chama "Perach", que em hebraico significa "flor". Em poucas palavras, universitários "cuidam" de crianças com algum problema de aprendizado ou relacionamento. Os jovens que fazem isso aqui ganham uma ajuda de custo para os estudos.

Acontece que uma equipe muito séria e comprometida levou o projeto para o Brasil e o adotou em escolas judaicas de Sampa em esquema de voluntariado. E eu fui um desses jovens e tinha um "perach" para "cuidar". Ele se chama Natan, tinha na época 11 anos. E eu fui um feliz voluntário que o acompanhou durante um ano todo.

Fizemos todo tipo de coisa juntos - como estudar, conversar sobre vários assuntos ou disputar partidas de jogos de luta em uma lan house que serviam para me mostrar como sou ruim naquilo!!

No fim do ano, a recompensa pelo tempo dedicado a ele: ouvir dos professores que ele melhorou muito, graças às horas que passamos juntos! Tem uma coisa no trabalho voluntário que nenhum dinheiro paga! O carinho do Natan (como na foto, que tiramos em um dos nossos passeios!) e a certeza de ter ajudado alguém.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Estranho na minha formatura

Vamos combinar que, apesar do nome, esse site não vai ter só memórias da minha remota infância. Tem coisas de dias mais recentes que precisam também ser registradas. É o caso, por exemplo, de uma história da qual eu me lembrei revendo algumas fotos antigas - mas nem tanto. Depois de todos os colégios pelos quais eu passei (foram cinco: Miguel de Cervantes, Dumont Villares, Bandeirantes, Leonor, Mackenzie!) finalmente entrei na faculdade, em 1997.

E em 2000, de acordo com o andar normal da carruagem, era para eu ter me formado. Que nada! Quatro meses antes da formatura, do fim, do diploma, da carteirinha de jornalista, de poder assinar matéria sem medo do sindicato etc, eu tranquei a faculdade e me joguei no mundo. Foi nessa época que eu lancei uma revista em Sampa e também quando eu vim para Israel pela primeira vez, por seis meses.

Mas no meio tempo rolou a festa de formatura da minha turma - e é preciso deixar claro que eu fazia parte da comissão! Fui na festa, porque não podia faltar, mesmo tendo largado. Fui convidado e me lembro de como doeu não estar me formando com todo aquele povo. Mas me acabei de dançar e de comemorar o começo da vida profissional deles!

Depois que eu destranquei a faculdade e retomei o curso (precisei refazer o vestibular para efetivar a rematrícula!) levei mais um ano e meio para me formar - por isso recebi o diploma só em 2004, em vez de 2000. Não me arrependo, hoje. Mas quando estava suado e sem voz na festa, meio bêbado, com o pé doendo de dançar, senti uma ponta de tristeza por não estar também me formando...

Na foto, entre uma e outra dança, entre uma e outra cerveja, o povo da minha turma se formando - e eu de bico! Pupo, Paula, Alessandra, eu e Milena. Eles, hoje: Pupo, Paula, Alessandra, Milena.

A sorte no prato

Avó é aquela coisa: preocupação, carinho, preocupação... A minha avó (z"l) era bem isso! E tinha uma frase dela que ficou marcada e que, sempre que eu como, me volta à memória. Ela dizia que deixar comida no prato é abandonar a sorte. Quando a gente comia na casa dela, a "nona" sentava ao lado e cuidava de ver o prato limpinho, vazio. Se deixássemos nem que fossem alguns grãos do arroz com curry delicioso dela, a vovó mandava acabar tudo!

Tinha outra coisa bem dela: durante alguns meses morei na casa da minha tia, com meu primo (estudávamos juntos no Colégio Bandeirantes) e com minha avó. Antes de ir deitar, sempre a ouvia perguntar se eu tinha tomado leite quente - para não ficar resfriado! E de fato acabava sempre tomando um copo branquinho e quentinho! Depois, antes de ir pra cama, passava pelo quarto dela e dizia "boa noite" no francês materno dela.

Saudade da nona, com o sotaque forte e engraçado dela.

Nona, bonne nuit!

Na foto, ela e eu (com uns 9 anos) em um dia das mães em Embu das Artes, cidade pertinho de Sampa e destino-padrão da família nos dias das mães!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

A história das horas

Teve uma época da minha vida na qual uma pergunta simples me fazia tremer de medo: "Que horas são?" Explico: não sabia ver horas em relógio de ponteiros (e usava relógios de ponteiros, na esperança insistente do meu pai de que, assim, na marra, eu aprenderia) Então, quando alguém me perguntava, eu me fingia de mudo. Sério! E estendia o braço pra pessoa olhar.

Claro que o contrário aconteceu várias vezes comigo. Eu perguntava as horas (quando conseguia me livrar do relógio de ponteiros) e alguém me estendia o braço. Dava aquele sorriso amarelo como de quem diz "Ah, claro, são três e meia" e continuava sem saber que horas eram. Puto da vida com o inventor daqueles malditos ponteiros.

Bom, meu pai usou todas as ferramentas possíveis para me ensinar. O relógio de brinquedo, por exemplo. Eu adorava. Mas olhava pra ele e só via uns desenhos, alguns números muito coloridos e... dois ponteiros. Horas? "Não, papai. Não sei que horas são. Posso olhar no microondas?" E tinha aquele papo-cabeça: o ponteiro pequeno marca as horas, o grande, os minutos. OK...

E aí, um dia desencanei. Afinal, se existem relógios digitais, bonitões, com pinta de sérios, então porque não usá-los? E tem mais. Para mim, sou normal. O resto do mundo - aquela gente estranha que olha pra dois pedacinhos de ferro e lê as horas neles - é que é estranho.

Confesso que o relógio que eu uso hoje tem ponteiros. Mas não se engane, é pura decoração - só pra eu estender o braço pra quem me pergunta! Se você olhar de pertinho, vai reparar que ele tem números lá embaixo. O duro, hoje em dia, é traduzir os números para o hebraico quando me perguntam o horário!!

Quem brinca com fogo...

Já conhece o ditado, né?! Eu nem brincava com fogo (o máximo que fazia era queimar formiga com lupa!) mas fiz xixi na cama até os quinze anos de idade - agora não adianta mais ter vergonha, né?!! E todo dia era a mesma rotina - levantava molhado (e puto da vida), tirava a roupa de cama e o pijama e colocava na máquina de lavar. Um dia após o outro, após o outro, após o outro...

Era o "castigo" que minha mãe inventou para me fazer tomar uma atitude - nem que fosse não beber nada antes de dormir, ir no banheiro setecentas e dezoito vezes antes de deitar etc. E nunca funcionou, até o dia em que... eu parei de fazer xixi na cama! Sem castigo, sem máquina de lavar, sem acordar puto da vida e molhado. Parei. E no dia seguinte, seco de novo. E no outro, idem.

Emocionante. É como... aprender a ver horas em relógio de ponteiros. Pena só que eu nunca aprendi... Fica pra outra história!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

A galeria do Guarujá

Guarujá era o destino-padrão das minhas férias de verão. Naquela época existia no centrinho uma galeria - para onde todas as crianças e jovens iam depois de passar o dia torrando os pais e se torrando na praia. Coisas de férias! E na galeria tinha um cinema que passava filmes com atraso de meses em relação às salas da capital.

Foi naquela sala de cinema quase abandonada que eu vi com uns amigos, certa ocasião, um filme chamado Os aventureiros do bairro proibido. Já viu? Filme bobão, até. Mas para quem tem dez, onze anos, um arrasa-quarteirão! Lembro que arrastei algumas levas de amigos para ver o filme (e eu sabia as falas de cor no final da OITAVA sessão seguida!)

A tal galeria não existe mais. Faz tempo! Sumiu com a falência da polícia do Guarujá (onde eu fui assaltado duas vezes!) de cuidar da segurança - e com a idéia de um empresário de construir lá perto um shoping center que virou o novo "point" da galerinha queimada de praia.

De vez em quando, em alguma temporada no Guarujá, eu passava por lá para tomar um sorvete. E para lembrar do empurra-empurra que rolava toda vez que íamos passear por lá. Aliás, vale contar que eu tinha mania de, naquela galeria, tomar sorvete de café! Saudade...

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Dança comigo?

Tem uma história da qual eu não me esqueço, que aconteceu no apartamento do Morumbi. Eu estava apaixonado por uma menina linda do colégio, moreninha, com os cabelos lisos compridos - lembro de cada detalhe do rostinho dela, mas do nome eu me esqueci... E resolvi fazer uma festa de aniversário em casa para ter a chance de... sei lá, de tomar coragem e falar com ela!

Assim foi. Não apenas toda a classe - do Miguel de Cervantes, ainda - como meus muitos primos estavam lá. E eu inventei uma dança da vassoura (lembra?!) O negócio era assim - um menino e uma menina passeavam com uma vassoura pelo salão, enquanto os outros dançavam. Escolhiam um par e davam a vassoura pro que saía - tudo muito bem arquitetado para eu conseguir dançar com a Fulana.

E assim foi. Tenho até hoje uma foto do momento em que consegui dançar com ela. Na foto eu apareço com a moreninha - ela de costas, eu de frente pro fotógrafo, com um sorriso metálico daquele tamanho. Nunca aconteceu nada com ela. Mas naquela noite, depois que todo mundo foi embora de casa, eu mal consegui dormir entre suspiros apaixonados!

Clica na foto para ver o tamanho original do meu sorriso!

"Maison"

Contei no meu perfil no orkut que já morei em tantas casas que nem me lembro mais... É verdade. A música do Legião serve bem pra mim! Mas eu me lembro bem de cada uma delas. E não me esqueço do apartamento no Morumbi, onde minha irmã e eu passamos toda a nossa infância. Boa época aquela... Era uma cobertura duplex em plena Mata Atlântica (quando isso ainda existia em São Paulo!) e tínhamos - ela, eu e minha mãe - suítes!

Gozado: esqueci o nome do prédio, sei apenas que era "Maison" qualquer coisa. Muito chique! O apartamento era o resultado do bom gosto da minha mãe para decoração e de uma época em que existia dinheiro na família. Cada canto, cada sala, cada parede, cada quarto, tudo de muito bom gosto. Mesmo. E tudo sempre muito organizado, limpo, lindo. Bons tempos...! Muitas histórias aconteceram naqueles muitos metros quadrados - à medida que for lembrando, vou contando...

Na foto, eu com uns sete anos escalando as paredes de casa!

Entrelinhas

Já disse algumas vezes como era um menino tímido. Não foi por acaso que comecei a escrever - nas linhas redigidas em bom português (sempre fui bom aluno do nosso idioma!) eu poderia dizer o que a voz não teria coragem. E assim foi - quando eu estava na oitava série, já em outro colégio, o Guilherme Dumont Villares, também no Morumbi, comecei a escrever para o jornal da escola. Não parei mais.

O jornal se chamava O Arauto. Não me esqueço mais...! Aliás, na casa da minha mãe lá em Campinas, tem um canto de bugigangas minhas e entre elas está toda a coleção de 1993 do jornal, com as minhas primeiras experiências de escrevinhador. Através daquelas linhas fiz amigos. E, quando saí do colégio, no final do ano e do ginásio, fiz uma carta-despedida emocionante. Tenho saudade daquele ano no Villares.

Bom menino

Se eu fui uma criança excepcional, não sei. Duvido. Mas era um bom menino - em grande parte pela minha timidez... Era o que eu sempre ouvia. No dentista, por exemplo, sempre escutava elogios do tipo "ele é tão quietinho, nem chora, nem faz problema". Verdade - em geral eu ia com a minha mãe ao dentista - na dra. Janete, lá na Vila Mariana - depois do colégio e, vez ou outra, capotava de sono na cadeira!

No barbeiro era a mesma coisa. Era um bom menino porque - diferente do que devia acontecer com muitas crianças (e com a minha irmã sempre acontecia) - eu não fazia estardalhaços porque estavam... cortando a minha juba! Sentava quietinho e esperava até o fim. Juba, aliás, não é exagero. Quando eu era criança tinha uma cabeleira do Zezé digna de respeito. Ou de gozações! No final das contas acho que eu queria mesmo é me livrar dela!!

Clica na foto para ver a minha cabeleira no tamanho original! O menino ao meu lado, o Fernando, estudava comigo. Estávamos na casa dele fazendo um trabalho para o colégio. Olha o Fernando hoje.

Passeando pelo Cervantes

Em um sonho que sempre reaparece nas minhas noites eu passeio pelos corredores do Miguel de Cervantes, o colégio no qual estudei a maior parte da minha vida - do pré até a sétima série, em 1992. Passei tanto tempo naqueles corredores com chão antiderrapante verde que eles sempre reaparecem - em geral em uma atmosfera de nostalgia deliciosa. Da última vez, não parava de ir e vir, revendo os professores e os alunos - todos iguaizinhos aos daquela época remota da minha vida.

O Cervantes tem um lugar especial no meu coração porque foi lá, entre trancos e barrancos, que cresci. Lá tive amores infinitamente gigantes (que nunca deram em nada), lá aprendi a brigar (quebrei o dedo de um sujeito que empurrou a minha irmã, certa vez) e lá, entre um e outro acontecimento desses, aprendi o português e o espanhol - e muita coisa que carrego comigo até hoje. Apesar de ter passado apuros (eu era um garoto tímido cheio de problemas de relacionamento!) passei naqueles corredores dias inesquecíveis da minha vida.

Saudade do Cervantes.

Tem uma comunidade do Cervantes no orkut, que eu criei, com quase 2 mil pessoas. Na foto, de junho de 1989 (eu tinha dez anos!) apareço com o Danilo e a tia Lourdes. Era a 4a. série!

Aniversário no verão

Em algumas semanas comemoro meu vigésimo-oitavo aniversário. Putz! Estou virando um velho. Enfim, deixa pra lá. Vou deixar para sofrer pela idade no dia 22, mesmo! Até lá, quero relembrar e contar que os meus aniversários sempre foram passados em calorosos verões - em geral na praia do Guarujá, onde meus avós (z"l) e metade dos judeus de São Paulo tinham apartamento. Era lá que eu invariavelmente me intoxicava com vermelhas raspadinhas e foi lá que ganhei presentes especiais, como a minha primeira máquina fotográfica, uma Yashica MF3 super.

Aniversário no verão - nas férias, portanto - têm um lado bom. O de não precisar ir pra escola no dia de ficar mais velho e fazer aquelas festinhas bestas na sala de aula (que incluíam bolo e brigadeiro pra um monte de desafeto!) Mas o lado negativo é que, como o aniversariante, todos os coleguinhas estão em férias - dava que as comemorações eram sempre solitárias. Acontece. Pelo menos, naquela época eu morria de calor e refrescava os 40 graus com raspadinhas. Hoje faço a contagem regressiva, no outro hemisfério, com uma bolsa de água quente nos pés!

Grandes pequenos amores

Eu era um apaixonado. Sempre estava loucamente amando alguém no colégio - a Sabrina, a Karina, a Fulana ou a Beltrana, meninas que, em geral, sabiam (como toda a escola) do meu amor dedicado - mas nunca por mim. E, vale dizer, casos que - salvo por uma exceção - nunca deram em nada além de lágrimas envergonhadas de um adolescente tímido (eu!)

Meus amores eram tão extremos quanto as minhas atitudes para tentar transformá-los em realidade. E eu nunca vou me esquecer de uma artimanha que usei para - pensava eu - me aproximar da menina por quem eu estava caidinho - eu e toda a metade masculina da escola...! Na festa junina do Miguel de Cervantes paguei a fiança de todos os "presos" e mandei prendê-la, junto comigo.

Claro, excelente idéia! Lá dentro eu teria oportunidade de dizer o que no mundo de verdade, tremeria só de pensar. E assim foi (nos trancafiaram sozinhos na prisão de madeira improvisada para arrecadar fundos para os formandos!) Eu? Nada. Tímido que só eu, mesmo, fiquei caladinho. Ela, puta da vida...! Só mais de 15 anos depois nos reencontramos e eu disse algo. E funcionou!

Maverick do papai

Meu pai tinha um Maverick. Se você nasceu depois de 1979 e cresceu quando o Fofão já era famoso, com certeza não sabe do que estou falando. Bom, Maverick é um carro. Ou, em português claro, uma puta máquina. A Wikipedia fala mais e o Google mostra o carango - da Ford, aliás. O modelo do meu pai, que nessa fase da minha vida foi um verdadeiro colecionador de carros, era azul-bebê 1977, se eu não me engano.

É engraçado como alguns detalhes daquele bebedor de gasolina ficaram na minha mente - o ronrom gostoso e o painel preto-couro que tinha uma linha no tom da lataria e terminava nas letras "GT", as mesmas, eu sempre pensava, das minhas iniciais. Não sei que fim teve o Maverick do papai. Da memória, isso é certo, ele não sai!