terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Grandes pequenos amores

Eu era um apaixonado. Sempre estava loucamente amando alguém no colégio - a Sabrina, a Karina, a Fulana ou a Beltrana, meninas que, em geral, sabiam (como toda a escola) do meu amor dedicado - mas nunca por mim. E, vale dizer, casos que - salvo por uma exceção - nunca deram em nada além de lágrimas envergonhadas de um adolescente tímido (eu!)

Meus amores eram tão extremos quanto as minhas atitudes para tentar transformá-los em realidade. E eu nunca vou me esquecer de uma artimanha que usei para - pensava eu - me aproximar da menina por quem eu estava caidinho - eu e toda a metade masculina da escola...! Na festa junina do Miguel de Cervantes paguei a fiança de todos os "presos" e mandei prendê-la, junto comigo.

Claro, excelente idéia! Lá dentro eu teria oportunidade de dizer o que no mundo de verdade, tremeria só de pensar. E assim foi (nos trancafiaram sozinhos na prisão de madeira improvisada para arrecadar fundos para os formandos!) Eu? Nada. Tímido que só eu, mesmo, fiquei caladinho. Ela, puta da vida...! Só mais de 15 anos depois nos reencontramos e eu disse algo. E funcionou!

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